O Brasil lidera o crescimento do turismo internacional e bateu recordes em 2025, com cerca de 8 milhões de visitantes. A projeção é ultrapassar 9 milhões até o fim do mesmo ano. Diante dessa dinâmica, o buffet se torna um dos elementos mais estratégicos da experiência no segmento de hotelaria: é nele que o hóspede percebe, de forma imediata, o compromisso do hotel com qualidade, cuidado e inclusão.
Quer saber como aplicar estratégias que realmente funcionam e façam sentido no seu hotel? Continue lendo esse conteúdo!
Inclusão como fundamento do buffet moderno na hotelaria
Mais do que quantidade de pratos, o buffet precisa refletir a individualidade dos hóspedes. Como afirma Maíra Benevenuto, consultora da Seara Margarinas, “a primeira questão é ter um buffet inclusivo que ofereça pelo menos uma opção para cada restrição alimentar presente no público atendido”, ressalta. Isso significa ir além do básico e garantir que ninguém se sinta limitado ou invisibilizado no momento das refeições.
1. Diversidade alimentar: amplitude com responsabilidade
O cardápio deve contemplar escolhas e restrições variadas: lactovegetarianos, celíacos, veganos, pessoas intolerantes à lactose e hóspedes que consomem exclusivamente carne vermelha, peixe ou carne branca ou que não consomem também alguma dessas opções. Essa abrangência não pode ser apenas simbólica, precisa ser real e significativa.
Maíra reforça um ponto essencial ao afirmar que “vegano não é dieta”, destacando que a oferta para esse público não pode ser reduzida a saladas. “É necessário trabalhar proteínas vegetais, tubérculos e brotos com criatividade e técnica, permitindo que o prato seja completo e digno”, salienta.
Essa abordagem fortalece a percepção de cuidado e amplia a capacidade do hotel de atender públicos diversos sem improvisos.
2. Texturas que acolhem diferentes necessidades
Um buffet bem estruturado respeita não apenas preferências do público, mas também condições sociais e físicas. Logo, oferecer variedade e diversidade com algumas opções de caldo, preparações crocantes e itens mais pastosos torna a jornada alimentar mais inclusiva.
Segundo Maíra Benevenuto, isso é fundamental porque o hotel atende desde idosos com dificuldades de mastigação até hóspedes autistas ou pessoas com limitações de mobilidade oral, “que não conseguem se alimentar de todos os alimentos”. A variedade de texturas, portanto, reduz barreiras e amplia a acessibilidade gastronômica.
3. Adaptação de paladar: equilíbrio para todas as idades
O tempero também compõe a estratégia de inclusão. Em um ambiente que recebe famílias, viajantes corporativos, estrangeiros e crianças, é necessário equilibrar perfis distintos de sabor.
Maíra aponta que ter preparações com tempero mais suave e outras com intensidades maiores é essencial porque, no contexto do segmento de hotelaria, “falar de buffet é falar de incluir ao invés de segregar”, salienta.
A lógica é permitir que cada hóspede encontre algo adequado ao seu paladar, sem que o cardápio se torne monótono ou desequilibrado. No entanto, é importante que a comunicação também precisa ser clara, sempre avisando ao público os diferenciais daquele prato que está sendo oferecido no buffet.
Pensar o buffet como uma plataforma de acolhimento na hotelaria
O buffet ideal não é uma vitrine rígida, mas uma estrutura construída para atender necessidades diversas com naturalidade. Dentro do segmento de hotelaria, ele funciona como um conjunto de ferramentas capaz de acomodar diferentes perfis alimentares, hábitos culturais e condições físicas.
Com isso, o hotel fortalece a percepção de hospitalidade genuína e cria um ambiente em que cada pessoa se sente vista — premissa que, como destaca Maíra Benevenuto, deve guiar todas as decisões: “olhar para o hóspede com carinho e oferecer opções que realmente o incluam”, finaliza.
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